Esta quinta-feira foi especial para Ivete Sangalo. Logo cedo, em Juazeiro da Bahia, terra natal da cantora, ela participou de uma ação social que entregou à população um mamógrafo para prevenir o câncer. Não bastasse o tema, importante para a cantora, ela fechou a noite na sua segunda casa, Pernambuco, ao participar do show beneficente em prol da construção do Instituto de Oncologia Governador Eduardo Campos, do Imip.
Em diversos momentos, Ivete agradeceu ao convite e não conteve a emoção – trouxe de volta as lembranças de quando era pequena e disse que gostaria de voltar ao Estado para a inauguração do Instituto. “Ou mesmo na obra, se estiver faltando algo a gente pega no cimento e bota esse povo para ajudar”, incentivou.
Mas Ivete é Ivete. E, mesmo em um show intimista, com suas músicas (e de outros compositores) mais lentas, mostra que o magnetismo e a informalidade está no seu DNA. “Estou amando isso aqui. Mas o difícil mesmo é ficar quietinha”. E é por isso que ela arrasta multidões. Mais de duas mil pessoas no Teatro Guararapes e parece que a cantora olha nos seus olhos, canta para você. Com música romântica, teve gente que terminou o show fungando.
Mas o que marcou mesmo foi gente cantando junto, no gogó, como se quisesse eternizar o momento, numa acústica muitas vezes improvável para um show da baiana, raramente executado em teatros como o Guararapes.
Ivete entrou pontualmente no teatro, que ainda estava com alguns lugares vagos, e dominou a plateia rapidamente, com No brilho desse olhar. Vestida num vestido curtinho preto, com muitas franjas nas mangas, usando brincos da CiS, perguntou se estava bonita, para receber de volta a energia que gosta de trocar. Era a senha para seguir em frente uma sucessão de hits. Antes de entoar Tigresa, Ivete embargou a voz e disse que se emocionar não fazia bem para a voz. “Acho que estou ficando velha. Mas o corpitcho não”, brincou.
Se eu não te amasse tanto assim, Agora eu já sei, Meu maior presente e Deixo foram algumas das canções da noite. Ponto alto para a execução de Atrás da porta, eternizada na voz de Elis Regina. Ainda houve espaço para o sambinha Me engana que eu gosto e para a pegada do Obrigado axé. Alceu Valença foi homenageado com Amor covarde. Na hora de Sá Marina o teatro já estava todo de pé, para ovacionar a cantora em sua noite inspirada. Ponto out para o momento em que Ivete foi para perto do público e alguém a puxou. Apesar de previsto, não houve bis.
No show, anotadas as presenças do governador eleito Paulo Câmara, e da esposa, Ana Luiza Câmara; da blogueira Camila Coutinho e Diego Nunes; Sílvio Costa Filho e Cris Lemos, André Corrêa e Cecília, Carlos Augusto Costa e Juliana Lins, Jr. Vecchione e Camila Paes Mendonça, entre outros.
Ivete aproveitou o fim da “festa” para fazer um vídeo com o público. O resultado está no instagram da cantora.
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